Orientações: Use
caneta azul ou preta para escrever seu texto. Considere a norma popular urbana,
atentando-se para as devidas concessões à caracterização do gênero e personagens,
quando houver. Coloque um título em seu texto, se o gênero permitir. Respeite
as margens laterais. Para rasura, proceda da seguinte forma: rasura. Seu
texto deve ter entre 25 e 30 linhas
Proposta: leia os fragmentos apresentados a seguir e escreva um texto do tipo dissertativo para discutir o tema: leitura e qualificação profissional.
Fragmento 1: “A leitura e a qualificação profissional no canteiro de obras - 18-05-2010
Estimular o conhecimento e proporcionar o acesso à informação são iniciativas que vêm ajudando a transformar a vida de muitas pessoas, especialmente daqueles que passaram muitos anos sem mesmo saber ler ou escrever seu próprio nome. A educação de jovens e adultos analfabetos instala-se nos canteiros de obras e possibilita uma verdadeira revolução na qualidade de vida daqueles que ajudam com o seu trabalho a construir sonhos e projetos de vida.
Na Paraíba, em um canteiro de obras é instalada pela primeira vez a “Biblioteca do Saber”, numa iniciativa inédita da construtora Alliance e do SESI. O objetivo é incentivar a leitura e a busca pelo conhecimento dos seus colaboradores. Este é mais um dos diversos projetos sociais realizados em seus canteiros de obra para qualificação profissional e formação técnica daqueles que põem a mão na massa e ajudam a construir os empreendimentos imobiliários da construtora.
Somam-se à biblioteca, a alfabetização de adultos e os cursos de capacitação profissional realizados em parceria com o SESI, a principal parceira das empresas de construção civil na realização desses projetos. Já foi ministrado o curso de azulejista e estão sendo marcados os cursos de pedreiro, carpinteiro e armador.”
Adaptado de: http://www.alliance.com.br/br/noticias.php?id=195. Acesso em: 16 jun. 2014.
Fragmento 2: “A leitura como fator de qualificação profissional - Charles Kiefer- Rede SACI - São Paulo - SP, 17/04/2002
Em seu admirável Uma
história da leitura, Alberto Manguel conta que um grão-vizir persa tanto amava
os livros que carregava consigo uma biblioteca sobre quatrocentos camelos, em
ordem alfabética, quando viajava. Em Cuba, os operários das fábricas de charuto
pagavam lectores, leitores profissionais que liam romances didáticos,
compêndios históricos e manuais de economia política enquanto enrolavam os
famosos charutos da Ilha. Alexandre, O Grande, em suas guerras, trazia debaixo
do travesseiro a espada sempre afiada e uma edição de Homero.
Ler é
qualificar, porque a leitura acaba por se constituir no melhor instrumento de
operação sobre o mundo. Causa espanto que, no Brasil, uma verdade tão óbvia
seja solenemente ignorada. Nos Estados Unidos, por exemplo, nas faculdades de
medicina, os estudantes trabalham seriamente com literatura. Desde 1972, os
candidatos norte-americanos à profissão de Hipócrates precisam escrever uma
monografia sobre literatura ao final do curso, isso depois de terem estudado
Homero, Shakespeare, Tólstoi, entre outros. Aqui, nossos formandos, seja da
área das ciências médicas, das exatas,
até mesmo das humanas, como da advocacia, orgulham-se de não precisarem mais,
depois do segundo grau, ler livro nenhum. Não é por acaso que temos tantos
profissionais desqualificados, insensíveis, ignorantes. A pior ignorância é a
ignorância especializada, o estreitamento ontológico. Dizem que estamos começando a viver
uma nova Renascença, por conseqüência dos avanços na micro-eletrônica,
informática e engenharia genética. Talvez, enfim, o homem novo esteja nascendo.
Que seja,
realmente, o homo lector. Que nossas casas, nossas praças, nossos aviões,
ônibus e trens encham-se de leitores. Ler é qualificar o si-mesmo, é construir
uma personalidade melhor preparada para os embates a que o viver contemporâneo
nos obriga. A leitura consegue o milagre de unir num só ato a conquista do conhecimento,
que sempre é lenta e dolorosa, e o prazer. Que o Estado e a sociedade
organizada, os empresários, os educadores, os políticos, unam-se nessa cruzada
de transformar cada habitante em leitor, que só assim cada habitante poderá
transformar-se em cidadão.
Adaptado de: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=1092. Acesso em: 16 jun. 2014.
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