segunda-feira, 15 de abril de 2024

ETZIONI, Amitai. Organizações modernas - O objetivo da organização: senhor ou servo?

 

ETZIONI

Área: sociologia das organizações;

Tema(s): organizações, conceito; racionalismo, felicidade e organizações;

 

ETZIONI, Amitai. Organizações modernas. 7a ed. São Paulo: Pioneira, 1984, pp. 7-26. (Cap. II - O objetivo da organização: senhor ou servo?)

 

 

p. 7

- O objetivo da organização: senhor ou servo?

 

- Função dos objetivos:

     - indica a orientação a seguir: linhas mestras de atividade;

     - legitimam as ações da organização

     - padrão para avaliar o êxito da organização: eficiência e rendimento

     - unidade de medida para verificar a produtividade

 

- a razão de ser da organização é servir seus objetivos

- após sua formação as organizações adquirem necessidades, passam a satisfazê-las, o que pode desviar a organização de seus objetivos ou até mesmo abandoná-los ou ajustá-los por causa das necessidades;

- OBJETIVO: é servo e não senhor da organização;

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- A natureza dos objetivos da organização

 

- objetivos:

     - imagem desejada do futuro a ser atingida;

     - quando atingido, há necessidade de outro;

     - nunca existe: “é um estado que procuramos, não um estado que possuímos”

- o objetivo a atingir é o objetivo da organização como coletividade, mas cada grupo e indivíduo influencia o objetivo a seu modo: temos então objetivos da coletividade e objetivos pessoais/individuais;

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- “O pesquisador definirá como objetivos da organização as situações futuras para as quais se dirige a maioria dos recursos da organi-

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zação e os principais compromissos dos participantes e que têm nítida prioridade em casos de conflito com objetivos estabelecidos, mas que controlam poucos recursos”.

- analisar a distribuição dos recursos é um método complementar para identificar os objetivos da organização;

 

- Como se estabelecem objetivos

 

- pode ser por um órgão formal, por voto dos acionistas, membros, associados, provedores ou dirigentes;

- na dinâmica da escolha dos objetivos evidenciam-se: jogo de poder e referência a valores da sociedade, do grupo e do indivíduo;

- (a decisão por voto visa a uma visão do todo e põe à mostra o nível de convencimento e liderança dos indivíduos)

- em casos extremos, o meio (comunidade, sindicatos, ONGs...) podem atuar como re-definidores de objetivos das organizações;

- as disputas internas de poder também marcam o direcionamento e redirecionamento dos objetivos em uma organização;

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- os diversos departamentos ou setores de uma organização e as personalidades individuais freqüentemente atuam na tomada de decisão sobre os objetivos;

- os demais membros da organização atuam sob a coação das fontes de poder que tomam decisões dentro das organizações; contudo, é possível levantar propostas contrárias à orientação destes líderes ou pelo convencimento diante de uma proposta melhor ou quando eles cometem um erro essencial, o que lhes tira a autoridade;

- nenhuma organização é extremamente autônoma diante da atuação das forças do meio onde ela se encontra;

 

- Eficiência, competência e o perigo da “mensuração excessiva”

 

- “Pretende-se que as organizações sejam as unidades sociais mais eficientes e produtivas. A eficiência real de uma organização específica é determinada pela medida em que atinge seus objetivos. A competência de uma organização é medida pela quantidade de recursos utilizados par fazer uma unidade de produção.”

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- eficiência e competência nem sempre podem ser verificadas ou existirem em equilíbrio;

- “Uma companhia competente pode não ter lucros, talvez por causa de um mercado em retração, e uma incompetente pode obter lucros por causa de um mercado em expansão. Além disso, a preocupação excessiva com a competência pode limitar o alcance das atividades de uma organização, enquanto a eficiência pode exigir uma grande variedade de atividades.”

- o alcance da organização, dado pela sua finalidade e pelos seus objetivos,é o que determina a possibilidade de verificar sua eficiência e sua competência, juntamente com um padrão de referência estabelecido na comparação com outras organizações do mesmo setor e da mesma área;

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- “A mensuração freqüente pode deformar os esforços da organização porque, geralmente, alguns aspectos de sua produção são mais mensuráveis do que outros. A mensuração freqüente tende a encorajar a superprodução de itens de fácil mensuração e o descaso pelos dificilmente mensuráveis.”

- aumento de produção nem sempre pode estar atrelado a aumento de qualidade no produto;

- “A atribuição de demasiada importância a algumas indicações de êxito da organização e de insuficiente importância a outra pode levar a uma grande deformação dos objetivos da organização e minar a competência e a eficiência que procura.”

- possível solução: olhar o todo da organização, através da medida da qualidade, quantidade, controle, manutenção e proximidade dos objetivos, pode reduzir o problema da mensuração do êxito, mas não eliminá-lo;

p. 14

- Substituição de objetivos

p. 15

 

p. 16

 

p. 17

- Seqüência, multiplicação e expansão de objetivos

p. 18

 

p. 19

- Organizações com múltiplas finalidades

p. 20

 

p. 21

 

p. 22

- Modelos de objetivos e de sistemas

p. 23

 

p. 24

 

p. 25

- Modelos de sobrevivência e eficiência

p. 26

 

 

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