quinta-feira, 5 de setembro de 2024

LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral

 

LAKATOS

Área: sociologia geral; ciências humanas;

Tema(s): sociologia geral; história da sociologia;

 

 

LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1985, p. 44-63.

 

 

 

p. 44

2.2 Pioneiros

2.2.1 Augusto Comte (1798-1857, 59 anos) - francês

- sua preocupação como cientista era que as ciências obedecessem à máxima objetividade;

- a matemática seria o elo de ligação entre todos os ramos do saber;

- a sociologia (FÍSICA SOCIAL), para Comte, não deveria só analisar, mas propor normas de comportamento, seguindo a fórmula positivista: “saber para prever, a fim de prover”;

- 3 princípios básicos nos estudos de Comte:

   - 1 - prioridade do todo sobre as partes (análise do contexto > que o fato social)

   - 2 - o progresso dos conhecimentos é característica da sociedade humana (acumulação do saber está em coerência entre o estágio dos conhecimentos e a organização social)

p. 45

   - 3 - o homem é o mesmo por toda a parte e em todos os tempos (por sua condição biológica e sistema cerebral)

- é característica do positivismo trocar em toda parte o absoluto pelo relativo;

 

2.2.2 Herbert Spencer (1820-1903, 83 anos)

- iniciador da Escola Biológica, sob influência do darwinismo

- a sociedade é um organismo biológico: semelhanças nos processos

- sociedade e organismo vivem mais que suas partes

p. 46

lei geral da evolução:

   - estagio primitivo: simplicidade estrutural e homogeneidade

   - estagio de complexidade crescente: heterogeneidade progressiva das partes e novas maneiras de integração

- das sociedades nômades, homogêneas, indiferenciadas e de pouca organização social, política... para a sociedade complexa, heterogênea, grupos variados, maior organização social e política e maior divisão do trabalho;

 

2.2.3 Karl Marx (1818-1883, 65 anos) - alemão

- fundador do materialismo histórico: “... as relações sociais decorrem dos modos de produção (fator de transformação da sociedade)”

- determinismo econômico: “... o fator econômico é determinante da estrutura do desenvolvimento da sociedade.”

- relações técnicas de produção: a ação humana sobre a natureza para satisfazer suas necessidades;

   - relações de produção: resultado da produção e distribuição necessária para o consumo;

      - modo de produção: conjunto das relações de produção;

- “Os homens desenvolvem as relações técnicas de produção através do processo de trabalho (força humana e ferramentas), dando origem a forças produtivas que, por sua vez, geram um determinado sistema de produção (distribuição, circulação e consumo de mercadorias); o sistema de produção provoca uma divisão de trabalho (proprietários e não-proprietários das ferramentas de trabalho ou dos meios de produção) e o choque dentre as forças produtivas e os proprietários dos meios de produção determina a mudança social.”

- divisão da sociedade:

   - infra-estrutura: “... é a estrutura econômica, formada das relações de produção e forças produtivas.”

   - super-estrutura:

      - 1º nível: “... a estrutura jurídico-política, é formado pelas normas e leis que correspondem à sistematização das relações existentes;”

      - 2º nível: “... a estrutura

p. 47

ideológica (filosofia, arte, religião etc.), justificativa do real, é formado por um conjunto de idéias de determinada classe social que, através de sua ideologia, defende seus interesses.”

- a infra-estrutura é determinante, e a mudança social se origina nas modificações das produtivas e relações de produção;

- para Marx e Engels as sociedades podem ser classificadas de acordo com o tipo de relações de produção: “... a comunidade tribal, a sociedade asiática, a cidade antiga, a sociedade germânica, a sociedade feudal, a sociedade capitalista burguesa (comercial; manufatureira e industrial; financeira e colonialista) e a sociedade comunista sem classes (que se instalaria através da ditadura do proletariado).”

 

2.3 Desenvolvimento da sociologia

2.3.1 Émile Durkheim (1858-1917, 59 anos) - francês

- tido como fundador da Sociologia independente das Ciências Sociais, iniciou  “... o estudo dos fatos sociais como ‘coisas’, através de regras de rigor científico, determinou seu objeto, próprio dos estudos sociológicos, e sua metodologia.”

- princípios básicos presentes na obra A divisão do trabalho social (1893):

   - consciência coletiva: “... a soma de crenças e sentimentos comuns à média dos membros da comunidade, formando um sistema autônomo, isto é, uma realidade distinta que persiste no tempo e une as gerações.”

         - ela envolve completamente a mentalidade e moralidade do indivíduo: a ação, pensamento e sentimento do homem primitivo são conforme o grupo a que pertence;

         - há uma consciência coletiva e outra individual: “... a primeira, predominante, compartilhará com o grupo; a segunda, peculiar ao indivíduo.”;

         - nas sociedades primitivas a consciência coletiva domina a individual;

         - em sociedades mais complexas, a divisão do trabalho e a diferença entre os indivíduos pode levar a uma independência das consciências, mas as sanções permanecerão na coerção social e sistema legislativo como reflexo da primitividade;

p. 48

   - solidariedade mecânica: presente nas sociedades primitivas, originada na semelhança entre os seus membros, e é fundamental para a manutenção da igualdade grupal e, pela coerção social, pune e reprime quaisquer tentativas de diferenciação entre os indivíduos, para evitar a desintegração do grupo;

   - solidariedade orgânica: o progresso da divisão do trabalho, que necessita da diversidade das pessoas, faz com que a solidariedade mecânica se modifique; mais do que a semelhança, é necessário a independência dos indivíduos;

- Regras do método sociológico (1895), para a análise dos fatos sociais:

- primeira: na observação dos fatos sociais, considerá-los como “coisas” e não idéias, para poder manipulá-los com finalidade de estudo e análise; há aqui uma desvinculação das concepções filosóficas, biológicas e psicológicas;

- “Ao escolher seu método de pesquisa, o sociólogo deve selecionar um grupo de fenômenos cujos caracteres exteriores sejam previamente definidos, e analisar todos os que correspondem a esta definição.”

- “Na análise dos fenômenos sociais como ‘coisas’, o pesquisador deve abandonar as pré-noções e a pressuposição do significado ou caráter de uma prática ou instituição social.”; objetividade através da investigação do significado do fenômeno dentro da sociedade estudada;

p. 49

- “Para explicar um fenômeno social, deve-ser procurar a causa que o produz e a função que desempenha.”;

- a causa: “... nos fatos anteriores, sociais e não individuais;”

- a função: “... através da relação que o fato mantém com algum fim social.”

- “Durkheim, ao estabelecer as regras de distinção entre o normal e o patológico, propôs: um fato social é normal, para um tipo social determinado, quando considerado numa determinada fase de seu desenvolvimento, desde que se apresente na média das sociedades da mesma categoria, e na mesma fase de sua evolução.”; pode-se ver aqui uma certa norma de relatividade e objetividade na observação dos fatos sociais;

- “Na obra Suicídio (1897), Émile Durkheim demonstra que o suicídio varia inversamente ao grau de integração do grupo social do qual o indivíduo faz parte, com algumas exceções por ele apontadas.”

 

 

Revisão

 

Comte

- Qual a característica marcante da sociologia nascente em Comte?

- Que princípios Comte aponta para o estudo científico?

 

Spencer

- Com Spencer vê a sociedade? (Lei geral da evolução)

- Que exemplos podem ser encontrados para contextualizar os estágios evolutivos propostos por Spencer?

 

Marx

- A partir de que ponto de vista Marx interpreta a sociedade?

- O que são relações técnicas de produção, relações de produção e modo de produção?

- Com Marx explica a mudança social?

- Como Marx divide a sociedade?

- Que critério Marx e Engels usam para classificar as sociedades?

 

Durkheim

- Qual a contribuição de Durkheim para a metodologia da sociologia?

- O que é consciência coletiva?

- Em que tipos de sociedade a consciência coletiva impera sobre a consciência individual?

- O que é solidariedade mecânica?

- O que é solidariedade orgânica?

- Quais as duas primeiras regras do método sociológico?

- Que cuidado deve ter o sociólogo ao analisar os fenômenos sociais?

- Como Durkheim explica a relação entre normal e patológico na sociedade?

CASTRO, Celso Antonio Pinheiro de. Sociologia aplicada à administração

 

 

CASTRO

Área: sociologia; administração; ciências humanas

Tema(s): sociologia geral e aplicada, conceito e introdução;

 

CASTRO, Celso Antonio Pinheiro de. Sociologia aplicada à administração. São Paulo: Atlas, 2002, pp. 19-26.

 

 

p. 19

- as preocupações humanas buscam solução para problemas sociais com o critério do bem-estar do indivíduo e do grupo;

- as soluções são para o hoje (fato / prática / real) ou para o futuro (utopia / teoria / ideal)

- fato e utopia se inter-relacionam entre estabilidade e mudança;

- a solução não encontrada tem sua responsabilidade transferida ao desconhecido;

- os intermediários entre os homens e o desconhecido ganham um status privilegiado;

- com o passar da história fez-se a passagem do controle mágico-religioso para o controle racional;

- problema fundamental: conciliar estabilidade e mudança;

- duas grandes respostas: ou pela via do idealismo ou pela via do realismo;

p. 21

- Aristóteles no livro Ética: usa o termo filosofia social: “A sociedade é uma organização natural e moralmente necessária para o homem atingir a felicidade.”

p. 22

- Para Montesquieu o melhor governo é aquele que garante a liberdade individual;

- é dele a estrutura de divisão dos poderes em: LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO e EXECUTIVO (o 4º poder: MASS MEDIA; e o 5º poder: VIOLÊNCIA)

 

Fatores de surgimento da sociologia

 

- históricos: a Revolução Francesa, 1789; a industrialização; a configuração de uma sociedade urbano-industrial;

- intelectuais: a filosofia social; a filosofia da história e a tendência aos procedimentos científicos;

- É com Augusto Comte, séc. XIX, que nasce a sociologia. Ele  formulou a “lei dos três estados” ao estudar a evolução da humanidade:

     - 1 - estado teológico (ou fictício); - 2 - estado metafísico (ou abstrato); - 3 - estado positivo (ou científico)

- sua visão da história é: amor como princípio, progresso como finalidade;

- fonte legítima do conhecimento: experiência sensível

p. 23

- sua classificação das ciências: Matemática / Física / Química / Biologia / Sociologia

- função da sociologia: estudar as leis sociais:

     - estática: ordem, coexistência social;

     - dinâmica: progresso, transformações sociais;

- “A sociologia é uma ciência que tem por objetivo observar os fatos intelectuais e morais, por meio dos quais os grupos humanos constituem-se e progridem.”

- é a partir de Comte que se origina a tendência a substituir a filosofia pela ciência, como método para o homem, o mundo e a sociedade;

- o social passará a ser explicado:

- Spencer: princípio evolucionista: “A evolução social processa-se do homogêneo para o heterogêneo, do simples para o complexo.”

- Lilienfield: organicista: “A sociedade é o mais desenvolvido dos organismos.”

- Schäffle: organicista: “Os corpos sociais são semelhantes aos corpos orgânicos, apresentando um complexo equilíbrio de forças.”

- Tarde: psicológico: “Lançou as bases da Psicologia Social. A sociedade evolui pelas leis da imitação cujo processo básico é: invenção-repetição.”

p. 24

Conceitos de sociologia geral e aplicada

 

- sociologia geral: estuda comportamento, estruturas e mudanças sociais no esforço de síntese entre as teorias; fundamentos teóricos; preocupação com: a cultura, a religião, política, arte, literatura, direito, economia, etc.

p, 25

- sociologia aplicada: estuda as peculiaridades sociais a presentes em outros campos do conhecimento; é de caráter teórico e interventivo;

- “Teorizar é a finalidade explicativa, que insere os problemas na tessitura que lhe é própria, visando ao equacionamento na perspectiva da estrutura - manutenção do status quo - ou da mudança social - transformações estruturais - de acordo com as regularidades tendenciais.”

- “Intervir é uma finalidade de características terapêuticas. Aponta as disnomias que atingem os elementos polarizadores - escolhidos para análise -, estado de anomia e as opções para equacionamento e solução desses problemas.” Segundo Florestan Fernandes: “intervenção racional”.

- a intervenção da sociologia é racional e não política, pois enquanto ciência estuda as estruturas; a decisão que pode vir seguida deste estudo não é científica, é decisão política com o respaldo de ciência;

               Questionamentos

- Qual o critério para a solução dos problemas sociais? Comente.

- Apresente seu entendimento de status.

MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia

 

MARTINS

Área: sociologia; conceito, história

Tema(s): sociologia: surgimento, formação e desenvolvimento

 

 

MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. São Paulo: Nova Cultural; Brasiliense, 1996.

 

 

 

p. 10

Cap. 1 - O surgimento

 

- a sociologia pode ser vista como fruto do pensamento moderno: novo saber científico - mundo social

- ela surge “...com os derradeiros movimentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da sociedade capitalista”.

p. 11

- século XVIII - problemas humanos inéditos causados pelas Rev. Francesa e Rev. Industrial

- o termo sociologia só aparecerá em 1830

- RI - a introdução da máquina no processo de produção “...representou o triunfo da indústria capitalista...” liderada por empresários que, através do acúmulo de meios de produção e bens,

p. 12

tornaram as “...grandes massas humanas em simples trabalhadores despossuídos”.

- a “consolidação da sociedade capitalista” representava “a desintegração de costumes e instituições” antigas para introduzir uma nova forma de organizar a vida social.

- a máquina na produção acaba com o modelo produtivo do artesão independente e o submete a uma severa disciplina

- Inglaterra - 1780-1860 (80 anos) - grandes centros urbanos, nascentes indústrias - produtos vendidos pelo mundo, novas realidades sociais: “reordenação da sociedade civil, a destruição da servidão, o desmantelamento da família patriarcal etc”.

- passagens: da atividade artesanal à manufatureira e depois fabril atrai os camponeses à cidade;

p. 13

- este processo submeteu mulheres e crianças a jornadas de 12h sem férias, feriados e com salário de subsistência inferior ao salário dos homens; sendo que mulheres e crianças eram mais da metade em alguns setores;

- consequências dessas mudanças: crescimento demográfico, sem condições de moradia, serviços sanitários e saúde

- “Mancehster, que constitui um ponto de referência indicativo desses tempos, por volta do início do século XIX era habitada por setenta mil habitantes; cinquenta anos depois, possuía trezentas mil pessoas.”

- “...aumento da prostituição, do suicídio, do alcoolismo, do infanticídio, da crimi-

p. 14

nalidade, violência, de surtos de epidemia de tifo e cólera que dizimaram a população etc”.

- aparecimento do proletariado e seu papel na sociedade capitalista

- com poucas condições de vida, o proletariado se revolta, sabota máquinas, faz greve, nasce o sindicato;

- o confronto entre pobres e ricos passa a ser confronto de classes conscientes de seus direitos.

p. 15

- para a sociologia temos: um problema social considerado com fato a ser estudado e resolvido; fato social - objeto da sociologia;

- o debate sociológico não visava a produzir idéias, mas sim mudanças

- nomes importantes: Owen (1771-1858), Willian thompson (1775-1833), Jeremy Bentham (1748-1832);

p. 16

- as primeiras preocupações da sociologia são as consequências da RI, o que praticamente inexistia nas sociedades pré-capitalistas;

p. 17

- o abandono da visão sobrenatural e a adesão à visão racional também ajuda no surgimento da sociologia

- passamos a ter a aplicação do método científico

- 150 anos, de Copérnico a Newton, há uma grande mudança na ciência: do heliocentrismo para o geocentrismo;

- observação, experimentação [e controle]: métodos para conhecimento da natureza;

- para Francis Bacon (1561-1626) a teologia perde sua autoridade - cede lugar à dúvida metódica para um conhecimento objetivo da realidade

p. 18

- para Bacon, o conhecimento baseado na observação e experimentação amplia o poder do homem e esse método serve também para estudar a sociedade [“saber é poder]

- razão livre - racionalismo

- abando no do dogmatismo e da concepção providencialista

- “A literatura no século XVII, por exemplo, constituía uma outra área que ia se afastando do pensamento oficial, na medida em que se rebelava contra a criação literária legitimada pelo poder.”

p. 19

- grande produção do pensamento social no século XVIII - novas descobertas

- “A pressuposição de que p processo histórico possui uma lógica passível de ser apreendida constituiu um acontecimento que abria novas pistas para a investigação racional da sociedade”.

- Vico (1668-1744) - “... é o homem quem produz a história”.

- para Vico a sociedade pode ser compreendida porque é obra dos indivíduos.

- autores influenciados por Vico: David Hume (1711-1776). Adam Ferguson (1723-1816) e depois Hegel e Marx

- a sociedade passa a ser estudada pelos seus grupos:

   - Ferguson - evitar conjecturas e especulações - seguir pela indução;

p. 20

- séc. XVIII - os Iluministas - pensadores franceses: “... um grupo de filósofos que procurava não apenas as velhas formas do conhecimento, baseadas na tradição, mas a própria sociedade.”

- os filósofos iluministas, representantes intelectuais da burguesia, vão defendê-la contra a sociedade feudal

- eles têm como antecessores Descartes, Bacon e Hobes - “... os iluministas insistiam numa explicação da realidade baseada no modelo das ciências da natureza.” - influência vinda de Newton [modelo mecanicista]

p. 21

- “Influenciado por este espírito, Condorcet (1742-1794), por exemplo, desejava aplicar os métodos matemáticos ao estudo dos fenômenos socias, estabelecendo uma área própria de investigação a que denominava ‘matemática social’”.

- “Os trabalhos de Montesquieu (1689-1755), por exemplo, estabelecem uma série de observações sobre a população, o comércio, a religião, a moral, a família etc. O objetivo dos iluministas, ao estudar as instituições de sua época, era demonstrar que elas eram irracionais e injustas, que atentavam contra a natureza dos indivíduos e, nesse sentido, impediam a liberdade do homem. Concebiam o indivíduo como dotado de razão, possuindo uma perfeição inata e destinado à liberdade e à igualdade social.” - nesse sentido eles combatiam as corporações,

p. 22

a autoridade feudal etc.

- a tarefa da filosofia não consistia em pensamentos abstratos, mas em raciocínios práticos de crítica da sociedade vigente para propor possibilidades de uma sociedade nova

- a vida social passava a ser mais racionalizada, frente às crenças e superstições dominantes até então;

- tanto pensadores com o “homem comum” deixavam de lado a interpretação tradicional do mundo e passavam a interpretar o mundo, seus fenômenos e instituições não mais submetidos às forças sobrenaturais, mas como  produtos da atividade humana, que poderiam ser conhecidos

p. 23

e transformados;

-