Proposta: com base em seus conhecimentos e nas coletâneas
oferecidas, escreva um texto dissertativo para argumentar sobre o seguinte
assunto: o alcoolismo na adolescência.
Os
adolescentes estão cansados de ouvir ou ler esta tarja preta e séria que aparece
minúscula nas propagandas de bebidas alcoólicas. Infelizmente, poucos levam a
recomendação a sério. Resultado: 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente
e 19% deles já são dependentes do álcool - Por
Adriano Catozzi
Os jovens estão bebendo mais e cada vez mais cedo, o
que aumenta o risco de boa parte desta juventude desenvolver o alcoolismo. Esta
equação se repete em praticamente todo o mundo, inclusive no Brasil, apesar de
as pesquisas sobre o tema ainda serem bem escassas por aqui.
O último Levantamento Nacional
sobre o Uso de Drogas, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre
Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad),
revela que o consumo de álcool por adolescentes de 12 a 17 anos já atinge 54%
dos entrevistados e desses, 7% já apresentam dependência. O estudo foi
realizado em 2004 e mostrou que entre jovens de 18 a 24 anos, 78% já fizeram
uso da substância e 19% deles são dependentes. Para se ter uma idéia de como o
consumo de bebidas alcoólicas na adolescência aumentou, no levantamento
anterior, realizado em 2001, apenas 5% dos adolescentes pesquisados preenchi am
os critérios para dependência do álcool. Segundo recente estudo divulgado pela
Organização das Nações Unidas (ONU), em comparação com os países da América
Latina, o Brasil aparece em terceiro lugar no consumo de álcool entre os
adolescentes. A pesquisa foi feita com estudantes do ensino médio e incluiu
347.771 meninos e meninas, de 14 a 17 anos, do Brasil, da Argentina, da
Bolívia, do Chile, do Equador, do Peru, do Uruguai, da Colômbia e do Paraguai.
Entre os brasileiros, 48% admitiu consumir álcool.”
Adaptado
de: <http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/40/artigo42605-1.asp/>.
Acesso em: 01 jan. 2014.
Fragmento 2: “Bebida - Vergonha
nacional
De
todas as leis ignoradas no Brasil – e a lista é longa -, poucas são
descumpridas com tanta naturalidade, e na escala, como aquela que proíbe
menores de 18 anos de beber. Pesquisa inédita feita em sete capitais do país –
São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Belém e Campo
Grande – mostra que adolescentes que tentam comprar bebidas alcoólicas têm sucesso
em, pelo menos, 70% das vezes.
Na
capital paraense, esse índice chega a estupefacientes 88%, recorde seguido de
perto pelo Rio, com 86%. Mesmo em São Paulo, onde uma norma estadual aumenta o
rigor das punições aos donos de estabelecimentos que vendem bebida para
menores, 71% dos adolescentes têm trânsito livre para o balcão do bar.
As
décadas de descumprimento da lei fizeram mais do que consolidar a ideia de que
ela não passa de letra morta – contribuíram para que os adultos se habituassem
a ver o consumo de bebida por adolescentes como um “mal menor”, comparado aos
perigos do mundo.
“Não
é”, afirma o autor do estudo e uma das principais autoridades brasileiras no
assunto, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp) e coordenador do Instituto Nacional de Políticas Públicas
do Álcool e Drogas. “Os pais precisam entender que o álcool potencializa o
risco de que aconteça aos seus filhos o que eles mais temem.” Leia-se: que eles
se metam em encrencas, e das grandes.”
Adaptado
de: <http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/consumo-de-bebida-por-adolescentes/>.
Acesso em: 01 jan. 2014.
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