sábado, 20 de julho de 2019

Proposta 50 - Produção de texto: texto dissertativo

Orientações: Use caneta azul ou preta para escrever seu texto. Considere a norma popular urbana, atentando-se para as devidas concessões à caracterização do gênero e personagens, quando houver. Coloque um título em seu texto, se o gênero permitir. Respeite as margens laterais. Para rasura, proceda da seguinte forma: rasura. Seu texto deve ter entre 25 e 30 linhas.

Proposta: com base no texto apresentado a seguir, escreva um texto dissertativo sobre o seguinte tema: as redes sociais e o desafio de sermos humanos

Injustiça com as próprias mãos


Por Túlio Vianna em 19/05/2015 na edição 851
Reproduzido do suplemento “Aliás” do Estado de S.Paulo, 17/5/2015


Outro inocente sofreu execração pública na internet essa semana. Na Austrália, um homem estava tirando uma selfie ao lado de um pôster do Darth Vader. Algumas crianças se aproximaram e ele pediu que elas aguardassem um segundo para que ele concluísse a foto. A mãe viu a cena, imaginou que ele estivesse fotografando seus filhos e não teve dúvidas: fotografou o sujeito e postou no Facebook, afirmando que se tratava de um pedófilo. Mais de 20 mil pessoas compartilharam a postagem e o homem teve que ir à polícia esclarecer a situação e tentar salvar o que sobrou de sua reputação. Mais tarde, percebendo o grave equívoco, a mulher se desculpou publicamente e logo em seguida passou a ser ela própria vítima da fúria dos execradores nas redes sociais.
A maioria das pessoas não pensa muito antes de compartilhar gravíssimas acusações como essa. A emoção despertada pela indignação com a notícia e o pânico moral de que aquele indivíduo possa produzir novas vítimas são capazes de desligar qualquer resquício de racionalidade e senso crítico da maior parte das pessoas. E, assim, denúncias falsas, ainda que bem-intencionadas, tornam-se virais e espalham-se pela internet em uma velocidade exponencial.
Não bastasse essas reações espontâneas e emocionais de quem compartilha graves denúncias em um ímpeto de indignação, está se tornando moda na internet os “escrachos” orquestrados por ativistas políticos desejosos de fazer “justiça” a qualquer preço.
No início deste mês, militantes feministas acusaram um segurança de uma boate de São Paulo de ter estuprado uma frequentadora. As acusações geraram enorme repercussão na internet. Posteriormente, a suposta vítima esclareceu na delegacia que não houve estupro e que o contato dela com o segurança havia sido consensual. Tarde demais. A vida sexual da moça já havia sido exposta, o segurança já havia ganhado o rótulo de estuprador e a reputação da boate já havia se desgastado. Tudo em nome da “justiça”.
O problema é que ninguém acha que faz injustiça com as próprias mãos. Todo mundo tem sempre a plena convicção de que está fazendo justiça. Nenhuma declaração de guerra foi feita em nome do mal; todo general que se preze alega estar lutando em nome do bem. Nenhuma tortura, seja da inquisição ou das polícias de nossos dias, foi praticada em nome do mal; todo verdugo afirma que age em nome do bem. Nenhum linchamento ou esculacho é praticado por malfeitores; todo justiceiro está convicto de que é um homem de bem. E é por isso que o inferno está cheio de pessoas bem-intencionadas.
Boas intenções nem sempre trazem bons resultados. Foram necessários séculos de civilização para se perceber que não é razoável sair por aí queimando pessoas simplesmente por terem sido acusadas de bruxaria pelo vizinho. O Direito ocidental consagrou princípios como legalidade, contraditório e ampla defesa não para “defender bandidos”, como muitos insistem em dizer, mas para defender acusados da fúria dos bem-intencionados.
A cultura da justiça pelas próprias mãos baseia-se na premissa de que os fins justificam os meios. Dessa forma, quem age em nome do bem, de Deus, de minorias oprimidas ou de qualquer causa que considere relevante se julga legitimado para passar por cima da própria lei. E é por isso que essa é uma ideologia inevitavelmente antidemocrática. Em um Estado de Democrático de Direito, quando a lei é falha, deve-se procurar modificá-la no parlamento, e não simplesmente violá-la.
É bem verdade que o caminho democrático para a realização da justiça é muito mais longo e árduo que a solução simplista da justiça com o próprio teclado. É muito mais fácil escrachar supostos racistas pela internet do que acionar o Ministério Público para que ele seja processado e julgado pelo crime de racismo. É muito mais fácil escrachar supostos homofóbicos na internet do que lutar pela aprovação de uma lei que criminalize a homofobia. E é muito mais fácil escrachar supostos estupradores pela internet do que dar os meios para que as vítimas de estupro processem criminalmente seus agressores.
A democracia pode até não ser o sistema mais simples e rápido de resolução de conflitos, mas a adoção da justiça pelas próprias mãos deixa a porta aberta ao totalitarismo. Patrulhas morais da internet não são uma alternativa democrática às deficiências dos órgãos públicos, pois estão fadadas a cometer os mesmos excessos autoritários de qualquer milícia.
A cultura do escracho digital é um indício frustrante de decadência do ativismo político na internet, que parece ter deixado de ser uma ágora de debates e de pressão pela aprovação de novas leis no Congresso Nacional para se converter em um pelourinho para execrações públicas.

***

Túlio Vianna é professor da faculdade de Direito da UFMG, autor de Um Outro Direito (Lumen Juris)

Adaptado de: <http://observatoriodaimprensa.com.br/e-noticias/injustica-com-as-proprias-maos/>. Acesso em: 5 dez. 2015.

Proposta 49 - Produção de texto: carta argumentativa: lei antipalmada

Orientações: Use caneta azul ou preta para escrever seu texto. Considere a norma popular urbana, atentando-se para as devidas concessões à caracterização do gênero e personagens, quando houver. Coloque um título em seu texto, se o gênero permitir. Respeite as margens laterais. Para rasura, proceda da seguinte forma: rasura. Seu texto deve ter entre __20__ e __25__ linhas.

Proposta: escreva um texto do tipo dissertativo para discutir sua opinião sobre o tema: as novas tecnologias estão cada vez mais inteligentes e os usuários cada vez menos inteligentes?

Concordância verbal


A - Leia as frases abaixo e, no espaço indicado, escreva os verbos adequadamente quanto à sua concordância.

1 - Chocolate e sorvete __________________ a preferência de muitas crianças. (ser)

2 - Amigos, parentes, a própria namorada, ninguém o __________________ de sair do quarto. (convencer)

3 - __________________ Pedro e Maria antes do professor chegar à sala. (conversar)

4 - __________________ entre si antes do professor chegar à sala. (conversar)

5 - Não __________________ mais ingressos à venda no cinema. (haver)

6 - __________________ cincoenta anos que não viaja a Buenos Aires. (fazer)

7 - Amanhã __________________ oito graus Celsius. (dever / fazer)

8 - __________________ muitas pessoas esperando na fila. (existir)

9 - __________________ móveis quebrados. (consertar-se)

10 - __________________ de funcionários com curso de inglês. (precisar-se)

11 - Bahamas __________________ entrada de turistas durante o mundial. (facilitar)

12 - As Maldivas __________________ uma grande variedade de atrações turísticas. (oferecer)

13 - __________________ ele que __________________ o recado. (ser / deixar)

14 - Cartas Chilenas __________________ uma importante obra de Tomás Antonio Gonzaga. (ser)

15 - Mais de um semanário __________________ notícias sobre o escândalo petroleiro. (publicar)

16 - 15% dos entrevistados não __________________ ovos de páscoa ano passado. (comprar)

17 - Penso que 20% da turma __________________ na hora combinada. (chegar)



B - Leia o fragmento apresentado a seguir e, nas opções propostas, sublinhe aquela que melhor se adéqua à frase.

Resenha de 'As agruras do verdadeiro tira', de Roberto Bolaño - Tradução de Eduardo Brandão. Companhia das Letras, 320 pgs. R$ 44,50 - Por Antonio Marcos Pereira


(18) Consta / Constam que uma das maiores preocupações de Bolaño em seus últimos dias era garantir o sustento da família. (19) Preocupou-se / Preocuparam-se à toa. Com o sucesso da recepção de sua obra quando estava vivo, e que só (20) se multiplicou / se multiplicaram, e com a notável astúcia gerencial dos administradores de seu espólio literário, recursos não (21) hão / há de faltar para seus dependentes. É por força do trabalho desses gestores que podemos ter acesso a este “As agruras do verdadeiro tira”, e isso (22) merecem / merece menção por (23) estarem associados / estar associado a uma característica marcante do livro: seu caráter de esboço, material de trabalho, papéis em processo de uso e elaboração pelo autor.”
Adaptado de: <http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2013/03/02/resenha-de-as-agruras-do-verdadeiro-tira-de-roberto-bolano-488225.asp>. Acesso em: 28 abr. 2014.


C - Escreva duas sentenças corretas quanto à concordância verbal, usando as informações dadas a seguir:

24 - (dever / existir) desafios



25 - (haver / chegar) donativos



Exercício mas e mais


Complete as lacunas do texto com mas e mais.

"Vox populi, vox Dei?"
por Cláudio Guimarães Dos Santos

Um criminoso de "gola branca" e um assassino:
por que o povo reage de maneira tão diversa perante esses dois tipos?



AS TONELADAS de informações de baixa qualidade, "repercutidas" dia e noite, sobre a trágica morte da pequena Isabella não permitem aos que desejam preservar o senso crítico senão concluir que o sacrifício do intelecto é o alto preço que pagamos pela facilidade com que as notícias circulam no mundo contemporâneo. 
De um lado, está o vergonhoso mercantilismo dos "meios de comunicação", bem _______ preocupados em vender o seu "peixe" do que em cumprir o importante dever de informar. De outro, temos a cólera da multidão, ainda ontem tão pacata, que se despe, num segundo, da sua casca de civilidade e clama pelas cabeças dos suspeitos. 
Para explicar a vileza dos abutres da imprensa, que contabilizam, sem culpa, os seus lucros sobre o corpo (ainda quente) de Isabella, podemos lançar mão de Adam Smith ou de Marx. Já a fúria incontrolável das massas exige, para ser entendida, que recorramos a Freud. 
Se possível, esqueçamos, por um momento, as novelas, as partidas de futebol, as revistas de fofoca, os programas de auditório apelativos, toda a miríade, enfim, de irrelevâncias com que nos "brinda" a mídia onipresente e tentemos pensar um pouco levantando algumas questões. 
Por que a multidão não se volta, com a mesma ira, contra os políticos corruptos, os empresários desonestos, os "religiosos" picaretas, os fraudadores impudentes ou até mesmo -tristes tempos!- contra alguns "magníficos" reitores? Por que não se montam "campanas" com banheiros químicos também na frente das suas casas? Por que não se almeja linchar tais criminosos de "mãos limpas" como se quer amiúde fazer com infanticidas, estupradores e pedófilos? 
Será que os ditos crimes de "colarinho branco" - "limpos" só no nome - acarretam menor dano à sociedade do que os atos isolados, certamente hediondos, de alguns poucos indivíduos, como pensam não só os leigos, _______ também legisladores e juristas? 
Não creio. 
Um assassino, mesmo "produtivo", só consegue destruir algumas vidas, precisamente as que se colocarem ao alcance da mira. Um criminoso de "gola branca", porém, dependendo do tamanho do "golpe", afetará a vida de milhões. Apenas, ele o fará de maneira lenta, menos cruenta, _______ palatável à nossa época digital, esmigalhando os futuros de um monte de Isabellas de uma forma "quase indolor". 
_______, se é assim, por que o povo reage de maneira tão diversa perante esses dois tipos de criminosos? As respostas são muitas. Mencionarei a que julgo a _______ relevante e que é também, por isso mesmo, a que menos agrada ao senso comum. 
As pessoas, de um modo geral, sentem-se "_______ à vontade" com os "criminosos de gravata". Pensamentos como "a carne é fraca", "eles roubam, _______ fazem" e, é claro, o famoso "no lugar deles eu faria o mesmo" acabam por criar uma empatia profunda com tais delinqüentes, tornando-os, muitas vezes, merecedores de sincera admiração. Tal se dá especialmente no Brasil, onde a "esperteza do malandro" é louvada em prosa e verso. 
Já no caso dos crimes hediondos, custa-nos aceitar que também nós podemos cometê-los. E, a não ser que o indivíduo disponha de um real autoconhecimento, obtido a duras penas pela análise corajosa do seu íntimo, jamais admitirá que sente, dormindo ou acordado, todo tipo de desejos inconfessáveis, o que inclui os impulsos infanticidas, parricidas, sadomasoquistas, pedófilos, homossexuais e tudo o _______ que a sociedade costuma, em uma época ou outra, abominar. 
Daí que essas pessoas que tanto se apressam em apedrejar não pretendem, ao contrário do que crêem, obter a justa punição para os culpados. Buscam, antes, evitar o encontro doloroso com a face _______ horrenda da natureza humana, sem o qual nenhuma lucidez é possível. 
_______, compreende-se... É tão _______ agradável seguir inconsciente desse fato, afundando sempre _______ na doce mediocridade das novelas, das partidas de futebol, das revistas de fofoca... 
Infelizmente para todos nós, as pessoas inconscientes constituem, desde sempre, a grande maioria. Diante disso, fica fácil imaginar o que seria, por exemplo, dos brasileiros se passássemos a ser governados por meio de plebiscitos, num grotesco pesadelo rousseauniano, tal como defendem alguns políticos totalitários que fingem ser democráticos. 
"Vox populi, vox Dei?" Definitivamente não. Precisamos, antes, ser _______ humildes, reconhecendo que ainda estamos, enquanto espécie, muito longe de falarmos e de agirmos como deuses. _______, afinal, o que isso importa, se o show tem que continuar? 

CLÁUDIO GUIMARÃES DOS SANTOS , 48, médico, psicoterapeuta e neurocientista, é escritor, mestre em artes pela ECA-USP e doutor em lingüística pela Universidade de Toulouse-Le Mirail (França).

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

Adaptado de: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2504200808.htm>.  Acesso em: 14 abr. 2015.


Responda as seguintes questões:
1 - Ao final do texto, o autor diz o seguinte: “‘Vox populi, vox Dei?’ Definitivamente não. Precisamos, antes, ser _______ humildes, reconhecendo que ainda estamos, enquanto espécie, muito longe de falarmos e de agirmos como deuses.” De acordo com a leitura feita, que trecho do texto leva o autor a tal conclusão?










2 - Qual o sentido da pergunta feita pelo autor ao final de seu texto?










sexta-feira, 31 de maio de 2019

Produção de texto: escolha lexical


1 - Escreva uma definição para as palavras dadas:

a - férias:






b - passeio:







2 - Reescreva a definição das palavras anteriores, sem usar de novo as palavras usadas na primeira definição apresentada:

a - férias:






b - passeio:







Proposta 48 - Produção de texto: carta

Orientações: Use caneta azul ou preta para escrever seu texto. Considere a norma popular urbana, atentando-se para as devidas concessões à caracterização do gênero e personagens, quando houver. Coloque um título em seu texto, se o gênero permitir. Respeite as margens laterais. Para rasura, proceda da seguinte forma: rasura. Seu texto deve ter entre 20 e 25 linhas.

Proposta: escreva uma carta a um empresário que você conheça para apresentar sua ideia de Projeto Vitrine e pedir o patrocínio dele. Explique a ele o que é o projeto, qual é a sua ideia, quais são as etapas de elaboração do projeto e para que você quer o patrocínio dele.

Proposta 47 - Produção de texto: conto

Orientações: Use caneta azul ou preta para escrever seu texto. Considere a norma popular urbana, atentando-se para as devidas concessões à caracterização do gênero e personagens, quando houver. Coloque um título em seu texto, se o gênero permitir. Respeite as margens laterais. Para rasura, proceda da seguinte forma: rasura. Seu texto deve ter entre 25 e 30 linhas.

Proposta: escreva um conto para narrar a história dois personagens que estão numa sala esperando sua vez de serem chamados para uma entrevista de emprego.